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O PACTO (HORNS) é o 3º livro de Joe Hill que leio.

li HEART SHAPPED BOX em 2008 movido pela mais pura e simples curiosidade. era o livro do filho de Stephen King, um daqueles autores que, há vinte e poucos anos, ajudou-me a descobrir o prazer de ler e, mais, me fez ter vontade de escrever (culpa de todos aqueles protagonistas oriundos da classe trabalhadora que, claro, haviam se tornado escritores). achei que o livro tinha um começo interessante e é justamente nessas primeiras páginas que surgem os momentos mais assustadores. depois perde momentum e li o resto por inércia.

FANTASMAS DO SÉC. XX, por outro lado, foi lido porque a livraria online o estava vendendo a preço de banana e, claro, ainda tinha esperança de encontrar algo no mesmo nível daquele começo promissor do livro anterior. descobri que em alguns contos Joe pode ser até superior ao pai… o tipo de fantasia que escreve é diferente e na coletânea tem alguns textos que são verdadeiros achados sem pertencerem necessariamente a qualquer gênero.

já HORNS começa de um jeito curioso e hilário e há 3 dias me pego prosseguindo a leitura porque fui fisgado nas páginas iniciais e quero saber, desde então, do que os acontecimentos descritos ali derivaram.

paralelamente, tou lendo o livro de Klaus Janson sobre o trampo do desenhista de quadrinhos. se alguém algum dia me perguntasse que tipo de leitura uma pessoa que quer escrever roteiros pra quadrinhos deveria fazer, eu diria sem titubear muito pra ler textos sobre o outro lado da colaboração. saber o que o desenhista precisa saber não só pra ser um bom ilustrador quanto pra ser um bom narrador ajuda e muito o roteirista a ganhar nova perspectiva do seu próprio fazer.

acho que por isso os livros do McCloud são tão interessantes, particularmente o 1º e o 3º. fala-se de linguagem ali (que seria o suficiente pra manter minha atenção) mas também de truques narrativos, materiais de desenho, técnicas e quejandos.

saber um mínimo do funcionamento da disciplina que complementa o trampo do roteirista é parte elementar do trampo do roteirista.

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